quinta-feira, 16 de maio de 2019

Elegia íntima


           
            Imos vertem o decrépito canto
Da sombra sem corpo, do ser ausente
Minh’alma plange, quer um Deus senciente
Que liberta e me escuda em seu recanto

Os detritos que restam do que é santo
Se eu fosse afortunado: inocente
Teria o Diabo aquilo que desmente?
Meu Deus, por que és tão impotente pranto?!

Se vou ser tolo viverei no mar
Da incerteza, pobre ou sábio for
Ou mesmo rico, nada irei levar

Eu quero amor e quero ser quem sou
Se for escravo, irei me libertar
Assim nasci, nu, e sem nada vou!


Danillo Macedo



                             https://www.academia.edu/39154923/Elegia_%C3%ADntima

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