Imos
vertem o decrépito canto
Da sombra
sem corpo, do ser ausente
Minh’alma
plange, quer um Deus senciente
Que
liberta e me escuda em seu recanto
Os
detritos que restam do que é santo
Se
eu fosse afortunado: inocente
Teria
o Diabo aquilo que desmente?
Meu
Deus, por que és tão impotente pranto?!
Se
vou ser tolo viverei no mar
Da
incerteza, pobre ou sábio for
Ou
mesmo rico, nada irei levar
Eu
quero amor e quero ser quem sou
Se
for escravo, irei me libertar
Assim
nasci, nu, e sem nada vou!
Danillo Macedo