Como o pungente presságio do
címbalo que
Alarma o escaldo do tolo do Tempo
São estrépitos impudicos, o imo a
fremir
Quis dizer assim: um degredado
pensamento
Assim como a fênix dispersa em
zênite pluvial
É aquele que se inflama sem teu
conhecimento
Como o caracol invisível na
cerração matinal
É este espasmo elucubrar sem teu
envolvimento
Assim como o presságio do mal,
Senhora
Como eu já houvera dito
Quando o bronze soa indicando o
fim desta hora
Soa dizendo a si: “não sirvo pra
mais que isto!”
Assim, foi por isso que disseram
outrora:
“Conheço tudo, mas sou um
miserável sem amor”
Como o bronze que ressoa este
choro estrupido
Não te sirvo, a não ser pra fecundar
tua dor!
Assim como o escalpelo de oblongas
incisões
Enquanto a epiderme sequer sente o
bisturi atroz
Sou eu ao concatenar tão confusas
canções
Sem teu toque a aprovar o eflúvio
de minha voz!
Prof. Me. Danillo M.
L. Batista
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