terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Degredo





Como o pungente presságio do címbalo que
Alarma o escaldo do tolo do Tempo
São estrépitos impudicos, o imo a fremir
Quis dizer assim: um degredado pensamento

Assim como a fênix dispersa em zênite pluvial
É aquele que se inflama sem teu conhecimento
Como o caracol invisível na cerração matinal
É este espasmo elucubrar sem teu envolvimento

Assim como o presságio do mal, Senhora
Como eu já houvera dito
Quando o bronze soa indicando o fim desta hora
Soa dizendo a si: “não sirvo pra mais que isto!”

Assim, foi por isso que disseram outrora:
“Conheço tudo, mas sou um miserável sem amor”
Como o bronze que ressoa este choro estrupido
Não te sirvo, a não ser pra fecundar tua dor!

Assim como o escalpelo de oblongas incisões
Enquanto a epiderme sequer sente o bisturi atroz
Sou eu ao concatenar tão confusas canções
Sem teu toque a aprovar o eflúvio de minha voz!




Prof. Me. Danillo M. L. Batista

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Postagem em destaque

Ela e Ele

Declamação para o dia da poesia, TV UFG: https://www.youtube.com/watch?v=D1peN0HQtAE Acabei por achar sagrada a desordem do meu espíri...